Centro de Referências em Educação Integral (CR) promove, desde 2013, a pesquisa, o desenvolvimento metodológico, o aprimoramento e a difusão gratuita de referências, estratégias e instrumentais que contribuam para o fortalecimento da agenda de Educação Integral no Brasil com equidade racial, de gênero e territorial. Para tanto, a iniciativa investe em incidência, mobilizando e articulando atores-chave, temas e fóruns estratégicos, apoiando as redes municipais e estaduais na formulação, gestão e avaliação de políticas de Educação Integral. O programa é coordenado pela Cidade Escola Aprendiz em parceria com a Ashoka, Instituto Alana, Itaú Social, Centro Integrado de Estudos e Programas para o Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), Avante – Educação e Mobilização SocialRoda Educativa (antigo CEDAC), Cenários Pedagógicos, British CouncilInstituto Rodrigo Mendes, Movimento de Ação e Inovação Social (MAIS), Fundação ValeCentro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC), Oi Futuro, Fundação Gol de Letra, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), Fundação Santillana e as consultoras Pilar Lacerda e Cleuza Repulho. Além disso, o CR conta com a chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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1.467
gestores(as) e professores(as) formados(as)
2,4
milhões de visualizações de páginas no site
1,6
milhão de usuários(as) únicos(as) no site
681.965
pessoas impactadas diretamente pelos projetos
2
milhões de pessoas alcançadas no Meta (Facebook e Instagram)
16
mil conteúdos compartilhados no Facebook

Confira destaques da atuação do Centro de Referências em Educação Integral em 2023:

Nesse ano, o Centro de Referências em Educação Integral (CR) apoiou a retomada da agenda de Educação Integral no país, articulando debates com parceiros estratégicos, produzindo e disseminando conteúdos e colaborando com a formulação da política Escola em Tempo Integral, lançada pelo Ministério da Educação (MEC). Um desses espaços foi o II Seminário Nacional de Educação Integral, realizado em setembro pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com a Cidade Escola Aprendiz, o CR, o Observatório Nacional de Educação Integral, o Comitê Territorial Baiano de Educação Integral Integrada, o MEC, entre outras entidades. 

O CR implementou também uma trilha formativa para municípios com foco no apoio à organização da oferta educativa das escolas a partir da concepção de Educação Integral. No ano de 2023, seus canais de difusão de conteúdo somaram 1.321 produções e mais de 4 milhões de alcance. 

O programa sistematizou os conhecimentos produzidos pelo NÓS – Iniciativa pela Educação Integral em Territórios Amazônicos. São materiais sobre o trabalho implementado em 33 municípios da Amazônia Legal, além da metodologia cocriada em encontros formativos. Um curta-metragem sobre a trajetória de revisão do Projeto Político Pedagógico (PPP) de uma escola quilombola em Alcântara (MA) foi elaborado, assim como diretrizes para a revisão de PPPs em Arari (MA). O acervo reflete o compromisso do CR com políticas públicas que apontam para a superação do racismo institucional e a garantia do direito à Educação de qualidade para estudantes das comunidades e povos tradicionais.

Além disso, o CR realizou a consolidação metodológica do projeto Rotas e Redes Literárias. Ao longo de cinco anos, essa iniciativa foi desenvolvida em escolas de Educação Básica do Maranhão. Comunidades, educadores(as), estudantes, gestores(as), dirigentes municipais e profissionais da Educação foram mobilizados para cocriarem – de forma participativa – Salas de Leitura e Bibliotecas Escolares. O CR apoiou a equipagem das escolas e fomentou a criação literária nos territórios. Cerca de 41.925 livros foram adquiridos para 175 escolas. Estima-se que 29.524 estudantes foram impactados pelo projeto, que em 2023 recebeu o prêmio Ser Humano da ABRH Maranhão. 

Especiais

Em 2023, o Centro de Referências em Educação Integral (CR) desenvolveu os especiais “Escola Segura: cultivando a cultura de paz” e “Educação Decolonial: o futuro da escola é ancestral”. 

O especial “Escola Segura” trouxe conteúdos que buscam apoiar a reflexão e a elaboração de estratégias e ações coletivas para prevenção das violências a partir de uma perspectiva educativa e acolhedora. Além de reportagens, o especial conta também com sugestões de livros para discutir convivência e violência com a comunidade escolar e cartilhas com recomendações para escolas. Confira o especial aqui

Já o especial sobre “Educação Decolonial” apresenta um retrato de experiências de transformação da Educação a partir das ancestralidades africanas, afro-brasileiras e indígenas. Ao combater o racismo, essas escolas também ensinam crianças e adolescentes a respeitar e conviver em diversidade e paz. Esse conteúdo é resultado de uma parceria entre o CR e a Avante – Educação e Mobilização Social, com apoio do 5º edital de Jornalismo de Educação, da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), e em parceria com a Fundação Itaú. Acesse aqui o especial. 

Hora do Intervalo

A série de lives mensais sobre Educação e temas contemporâneos promovida no Instagram do Centro de Referências em Educação Integral (CR) teve continuidade em 2023. Confira as edições:

Janeiro/Fevereiro – Educação Política 

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Diante da necessidade de fortalecer a democracia no Brasil, em vista do crescimento da intolerância política e de atos antidemocráticos, a Hora do Intervalo discutiu a importância da educação política nas escolas e as orientações para começar a colocá-la em prática com as turmas. Participaram dessa conversa Anna Cecília Simões, professora da EMEF Desembargador Amorim Lima, em São Paulo, formada em Direito e Pedagogia, é integrante do Grupo de Pesquisa em Avaliação Institucional da Faculdade de Educação da USP; e Mariana Vilella, advogada especialista em Direito Público, Terceiro Setor e Direito Educacional. Assista aqui.

Março – Lei 10.639 de 2003

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No dia 8 de março, a Hora do Intervalo promoveu uma conversa sobre um marco para a educação antirracista que completou 20 anos. Trata-se da Lei 10.639 de 2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira em todas as escolas do Brasil. O encontro contou com a presença de Ana Cristina da Cruz, professora adjunta na UFSCar e pesquisadora especialista em educação e relações étnico-raciais; e Ana Paula Venâncio, professora alfabetizadora na rede municipal do Rio de Janeiro, que trabalha na perspectiva antirracista e é especialista em relações étnico-raciais. As profissionais falaram sobre o que mudou, na prática, na escola nessas últimas duas décadas em que essa lei esteve em vigor, como também sobre o papel da educação no enfrentamento ao racismo no país. Assista aqui

Março – Gordofobia nas escolas

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O que é a gordofobia? Como ela permeia nossa sociedade e, logo, também as escolas? Essas são algumas das questões tratadas na segunda live de março. Para essa conversa foram convidadas: Adriana Santos, ativista feminista antigordofobia, fundadora do Coletivo VAITERGORDA e atuante na luta contra o preconceito com pessoas gordas há mais de 10 anos; e Agnes Arruda, jornalista e autora do livro “O Peso e a Mídia: as faces da gordofobia”, do infantil “Medusa: a história que não te contaram”, e do “Pequeno Dicionário Antigordofóbico”. As especialistas ainda apontaram caminhos para enfrentar essa violência e indicaram livros e outras fontes de informação para quem quiser se aprofundar no assunto. Assista aqui. 

Abril – Violência nas escolas e promoção de cultura de paz

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Qual o contexto em que os ataques às escolas acontecem? Quais os caminhos mais efetivos para lidar com a questão e garantir a segurança sem passar por medidas repressivas às escolas? Essas são algumas das questões que foram debatidas na edição de abril, que aconteceu no Dia da Educação (28/04). A conversa contou com a participação de Catarina de Almeida Santos, professora na Faculdade de Educação da UnB e uma das coordenadoras da Rede Nacional de Pesquisa sobre Militarização da Educação; e Carlos Eduardo Fernandes Junior, pedagogo e coordenador pedagógico da EMEF Espaço de Bitita – Infante Dom Henrique, em São Paulo (SP). Eles também deram dicas de livros sobre violência e convivência para discutir com a comunidade escolar. Assista aqui

Maio – Trabalho Intersetorial pela segurança nas escolas

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Como profissionais da Educação, Saúde, Assistência Social, entre outros, podem trabalhar em conjunto para promover a segurança e a cultura de paz nas escolas e nos territórios? Esse foi o tema debatido na Hora do Intervalo de maio por Ana Lucia Sanches, secretária de Educação de Diadema (SP), e Carla Guimarães, psicóloga escolar. Assista aqui.

Junho – Tempo Integral na concepção de Educação Integral

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A edição de junho ouviu especialistas sobre o que significa o tempo integral para a concepção de Educação Integral e quais são algumas características que esse trabalho precisa ter a fim de garantir direitos. Para analisar o tema, a Hora do Intervalo recebeu Claudia Cristina Pinto Santos, que é professora, doutoranda em Educação na Universidade Federal da Bahia (UFBA), atua na coordenação do Comitê Territorial Baiano de Educação Integral Integrada e no Observatório Nacional de Educação Integral. O outro convidado foi Fernando Mendes. Formado em Relações Internacionais e graduando em Pedagogia, trabalhou por 12 anos na construção e implementação de políticas públicas educacionais em secretarias municipais de Educação na região metropolitana do Estado de São Paulo. Desde 2013 atua no terceiro setor na formação de equipes técnicas de secretarias municipais de Educação. Atualmente é gestor do CR e formador. Assista aqui. 

Julho – Educação Antirracista na Educação Infantil

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A live de julho abordou a importância do trabalho com a Educação Antirracista na Educação Infantil – etapa que atende crianças de zero a seis anos – com a participação das educadoras Carolina Hamburger, da EMEI Nelson Mandela, e Rita de Cássia, da CMEI Castro Alves. No encontro, as educadoras compartilharam como trabalhar, na prática, com a Educação Antirracista na Educação Infantil. Assista aqui.

Agosto – A chegada da Web 3.0

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Para explicar o que é essa próxima transformação e como ela pode dialogar com o trabalho pedagógico de educadores(as), a Hora do Intervalo de agosto contou com a participação de Doug Alvoroçado, que é pedagogo, formador docente e professor de TICs e Mídias Digitais. Ele também trabalha a Inclusão com apoio de Tecnologias Educacionais e Assistivas, é Google Innovator, Appel Teacher e MIE Expert e Master Trainer, fomenta o uso das Novas Tecnologias na Sala de Aula, e a Cultura Maker e Mídia Maker, além de atuar na Coordenadoria de TI do Rio de Janeiro. Para compor a conversa, também foi convidado Fernando Souza, autor do livro “Metaverso e Web 3.0: que mundo é esse? – A evolução do marketing digital ao metamarketing”, coorganizador da confraria Web3 e responsável pela curadoria de Talks e palestras do NFT.Brasil. Consultor e professor de Negócios Digitais, Marketing e Inovação na Meta Marketing Evangelist, publicitário, palestrante e professor nas pós-graduações de Marketing e Moda do IED e Santa Marcelina e nos principais MBAs em Negócios do país. Assista aqui.

Setembro – Saúde mental dos(as) professores(as)

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A Hora do Intervalo recebeu em setembro dois especialistas no tema Saúde Mental. Raphaela Gonçalves, que conduziu uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) sobre o aumento do número de profissionais de Educação afastados(as) na rede estadual de São Paulo por doenças psiquiátricas, foi uma das convidadas. Bióloga, pedagoga e mestre em Ciências pela mesma instituição, a especialista pesquisa o burnout e explicou o que é a síndrome, como ela afeta professores(as) e os perfis mais vulneráveis. Renê Vieira Dinelli, psicólogo, se juntou à conversa para compartilhar suas percepções do que vem afetando a saúde mental dos(as) professores(as). Ele é idealizador do Projeto Lugar do Sentir, que desenvolve ações de cuidado e reparação em saúde mental da classe trabalhadora em Educação. A live também abordou a dimensão individual e coletiva do problema, os estigmas e tabus em torno da saúde mental, bem como o papel que a violação e a privação de direitos desses(as) profissionais cumpre em seu adoecimento. Assista aqui.

Outubro – Educação de Jovens e Adultos (EJA)

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O que uma nova política para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) precisa considerar para garantir direitos? E o que a Educação como um todo precisa fazer para que ninguém seja excluído da escola em primeiro lugar? Na edição de outubro, Franciele Busico, coordenadora do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) Perus I, e Roberto Catelli, coordenador da área de Educação da Ação Educativa, trazem elementos e experiências para pensar essas questões. Assista aqui.

Novembro – Educação Decolonial

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Combater o racismo e construir uma escola que faça sentido para os(as) estudantes, suas famílias e o território ao redor, a partir dessas pessoas e suas identidades e culturas, são dois dos pilares de uma educação decolonial. Para explicar mais sobre o conceito e como ele acontece no chão da escola, a Hora do Intervalo recebeu duas educadoras que vêm materializando essa forma de ensinar, aprender, cuidar e estar na escola. Uma delas é Margarete Santos, professora e vice-gestora no Centro Municipal de Educação Infantil Castro Alves, em Salvador (BA). Ela também é psicopedagoga e especialista em Educação Infantil, com experiência de 25 anos de docência. A outra convidada é Maria Conceição Ferreira ou Conça, como é mais conhecida. Formada em Letras Vernáculas e Pedagogia pela UFBA, ela é educadora há mais de 30 anos e, desde 2016, é diretora no Colégio Estadual Polivalente de Amaralina, em Salvador (BA). Assista aqui.

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