O Centro de Referências em Educação Integral (CR) promove, desde 2013, a pesquisa, o desenvolvimento metodológico, o aprimoramento e a difusão gratuita de referências, estratégias e instrumentais que contribuam para o fortalecimento da agenda de Educação Integral no Brasil.
Para tanto, a iniciativa investe em incidência, mobilizando e articulando atores-chave, temas e fóruns estratégicos, apoiando as redes municipais e estaduais na formulação, avaliação e gestão de políticas de Educação Integral. O programa é coordenado pela Cidade Escola Aprendiz em parceria com o Instituto Alana, Itaú Social, Centro Integrado de Estudos e Programas para o Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), AVANTE – Educação e Mobilização Social, Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Comunidade Educativa – CEDAC), Cenários Pedagógicos, British Council, Instituto Rodrigo Mendes, MAIS – Movimento de Ação e Inovação Social, Instituto Península, Fundação Vale, Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Oi Futuro, Fundação SM, Fundação Gol de Letra, Unicef, Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e as consultoras Pilar Lacerda, Cristiana Berthoud e Cleuza Repulho. Além disso, o Centro de Referências em Educação Integral conta com a chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
3.712
gestores(as) e
professores(as) formados(as)
13 formações
presenciais e a distância desenvolvidas
10.565
pessoas impactadas
diretamente pelos projetos
6
milhões de pessoas
alcançadas no Facebook
75
mil conteúdos
compartilhados
3,9
milhões de
visualizações de páginas no site
2,6
milhões
de usuários únicos no site
Em 2020, atravessados pela pandemia de COVID-19 desde março, o Centro de Referências em Educação Integral empenhou-se em construir – em colaboração com os parceiros das iniciativas em curso – as melhores saídas para garantir a continuidade dos trabalhos e, sobretudo, assegurar a relevância e o sentido do que é produzido pelo programa.
Criança estudando em casa
Imersos em uma realidade completamente atípica, acompanhamos de perto o agravamento das desigualdades e seus impactos na educação brasileira.
Vimos as escolas suspenderem as atividades presenciais e acompanhamos o esforço dos(as) professores(as) na tentativa de garantir o direito à educação de todos e todas.
Ao lado das redes, testemunhamos a ausência de uma coordenação nacional que fosse capaz de articular atores e enfrentar os desafios que se apresentavam em estados e municípios.
Pautados pela compreensão de que os pilares e práticas da Educação Integral endereçam respostas efetivas aos desafios impostos à educação brasileira na pandemia, nos lançamos de forma articulada a um processo de estruturação e mobilização de caminhos capazes de contribuir com escolas, redes e territórios neste momento único da história.
A atuação do CR em 2020, assim como nos anos anteriores, esteve pautada em duas frentes de trabalho: Pesquisa e Desenvolvimento Metodológico e Articulação e Incidência. A primeira está ligada ao desenvolvimento, experimentação e testagem de metodologias de formação que viabilizem a implementação de políticas de educação integral em redes públicas de ensino. Já a segunda, pauta sua atuação na sistematização e difusão das iniciativas desenvolvidas pelo CR em campo e, também, aquelas produzidas no cotidiano de escolas e redes do país, de modo a torná-las públicas. É a partir desse conjunto de ações que o CR busca assegurar a contribuição da Educação Integral ao direito à educação no Brasil.
Nossas publicações e especiais produzidos em 2020 reforçaram o papel da Educação Integral frente aos desafios impostos pela pandemia de Covid-19. Com escolas, redes e territórios imersos em uma crise sem precedentes, acompanhamos de perto o agravamento das desigualdades e seus impactos na educação brasileira. Dentre os conteúdos produzidos, destacam-se como educadores(as) e gestores(as) de várias regiões do Brasil trabalharam para garantir os direitos de crianças, adolescentes e jovens; as estratégias adotadas pelos municípios para reorganizar o trabalho docente a fim de manter os estudantes em contextos de aprendizagem e assegurar o vínculo com as famílias; e a importância de um trabalho intersetorial que articule estratégias e ações de proteção integral nos territórios.
Em parceria com o British Council, e a colaboração de professores(as) da área, o 5º Caderno da coleção Currículo na Educação Integral oferece referências teóricas e práticas para a consolidação de subsídios à escrita curricular na área de Ciências Naturais e seus componentes, de forma coletiva e contextualizada, em cada rede de ensino. Nesse sentido, buscamos um ensino de Ciências Naturais que, ancorado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e orientado pelos princípios da Educação Integral, articule a construção de conhecimento com os saberes e potenciais educativos do território.
A publicação foi desenvolvida em parceria entre a Cidade Escola Aprendiz e a MOVE Social, com apoio do Itaú Social, e busca oferecer um referencial teórico-prático de avaliação para a Educação Integral no contexto brasileiro.
No final de março, o Centro de Referências em Educação Integral lançou a plataforma Educação em Quarentena, um mapa interativo que identificava a situação das redes públicas de educação pelo Brasil durante o período de isolamento social. O especial apresentou ainda uma cobertura completa com reportagens e artigos que aprofundam o papel da Educação Integral em tempos de crise.
Desenvolvido pelo Centro de Referências em Educação Integral em parceria com o Oi Futuro – instituto de inovação e criatividade da Oi –, o especial Práticas Inovadoras para o Ensino Médio chega a sua segunda edição. Lançado no dia 29 de abril de 2020, no webinar da série Papo de Futuro sobre o tema “Educação Integral: práticas inovadoras para o Ensino Médio”, esse material é voltado para professores(as) e gestores(as) escolares e foi estruturado para preparar sujeitos críticos e autônomos em um mundo cada vez mais digital.
No dia 27 de novembro, foi lançada a campanha #ReviravoltaDaEscola, uma iniciativa de organizações da sociedade civil, entre elas o Centro de Referências em Educação Integral (CR), dispostas a refletir de forma crítica sobre os aprendizados vivenciados no contexto da pandemia; oferecendo apoio a redes, escolas e territórios para que repensem formas de atuação. Transmitido pelo canal do YouTube e página do Facebook do CR, o lançamento contou com a presença de especialistas e educadoras, como Helena Singer, vice-presidente da Ashoka para América Latina; Tereza Perez, diretora-presidente da Comunidade Educativa CEDAC ; Consuelo Almeida, gestora do CMEI Pio Bittencourt; Cristiana Berthoud, secretária de Educação da Estância Turística de Tremembé; e Pilar Lacerda, então diretora da Fundação SM Brasil, que foi a mediadora do evento. Confira a live de lançamento na página do Facebook do Centro de Referências.
O dia 25 de agosto de 2020 marcou uma vitória histórica para a educação pública do país! Foi aprovado, no Senado Federal, o Novo Fundeb. Essa é uma conquista das professoras, professores, estudantes e da sociedade civil que defendem o direito à educação e a uma escola pública de qualidade a todas e todos, sem exceção. A nova proposta garante uma complementação orçamentária por parte da União da ordem de 23% até 2026 – sendo 5% destinados especificamente para a Educação Infantil. A Emenda Constitucional (EC) 108/20 prevê ainda que o padrão mínimo de qualidade do ensino garantido pela União tenha como referência o Custo Aluno-Qualidade (CAQ). A Cidade Escola Aprendiz segue monitorando o processo de regulamentação do novo Fundo, buscando fortalecer a implementação de políticas públicas que efetivem o direito à educação e criem condições para o desenvolvimento e a proteção integral de crianças, adolescentes e jovens.
Assista ao vídeo das organizações dirigido ao STF.
A Cidade Escola Aprendiz compõe o grupo de organizações sociais e indivíduos coordenado pela Ação Educativa que tem atuado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos que avaliam a legalidade da abordagem da questão de gênero e sexualidade nas escolas – vinculados à agenda do movimento Escola sem Partido. Até o momento, todas as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 5537, 5580, 6038) e Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 457, 526, 467, 460, 461, 465 e 600) julgadas pelo STF derrubaram leis municipais que proibiam a abordagem da temática de gênero e orientação sexual em escolas, e estabeleceram que é dever do Estado brasileiro abordar gênero nas escolas como forma de prevenir a violência doméstica e o abuso sexual contra crianças e adolescentes.