O Centro de Referências em Educação Integral (CR) promove, desde 2013, a pesquisa, o desenvolvimento metodológico, o aprimoramento e a difusão gratuita de referências, estratégias e instrumentais que contribuam para o fortalecimento da agenda de Educação Integral no Brasil. Para tanto, a iniciativa investe em incidência, mobilizando e articulando atores-chave, temas e fóruns estratégicos, além de assessorar tecnicamente as redes municipais e estaduais na formulação, gestão e avaliação de políticas de Educação Integral, com foco em qualidade e equidade.
Nesse sentido, o CR organiza suas ações em torno de quatro eixos estratégicos:
Incidência Política: Por meio da produção de conteúdo, mobilização e articulação de agentes-chave, temas e fóruns estratégicos para a defesa e promoção da agenda de Educação Integral no país, o programa desenvolve ações de advocacy que visam contribuir com a formulação, implantação e avaliação de políticas públicas de Educação Integral no país.
Apoio à implementação de políticas de Educação Integral: O CR pesquisa e desenvolve instrumentais e metodologias que apoiam tecnicamente as redes municipais e estaduais nos processos de implementação de políticas de Educação Integral, fortalecendo a atuação de dirigentes, equipes técnicas, de gestão escolar, docentes e profissionais da Educação.
Fortalecimento da gestão democrática e das práticas de participação em escolas e redes: Desenvolve e fomenta estratégias de participação ativa da comunidade escolar — incluindo estudantes, famílias, educadores e educadoras e equipes gestoras — na construção e implementação de políticas educacionais.
Apoio à inovação pedagógica: O CR incentiva práticas de gestão e pedagógicas alinhadas à Educação Integral, que dialoguem com os diferentes saberes e contextos socioculturais dos territórios e ampliem a relevância, a pertinência e os sentidos mobilizados na produção de conhecimento com os e as estudantes.
O programa é coordenado pela Cidade Escola Aprendiz em parceria com Avante – Educação e Mobilização Social, British Council, Cenários Pedagógicos, Centro Integrado de Estudos e Programas para o Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), Fundação Gol de Letra, Fundação Santillana, Fundação Vale, Instituto Alana, Instituto Rodrigo Mendes, Fundação Itaú, MAIS – Movimento de Ação e Inovação Social, Oi Futuro, Roda Educativa e Unicef. Além disso, o CR conta com a chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Em 2024, o Centro de Referências em Educação Integral (CR) consolidou sua atuação estratégica no processo de retomada das políticas de Educação Integral no Brasil a partir de ações que buscaram apoiar municípios brasileiros na implementação da Educação Integral em tempo integral. Por meio da produção e difusão do “Material de Apoio à Formulação e Implementação de Políticas Municipais de Educação Integral em Tempo Integral”, o CR forneceu suporte técnico às equipes das secretarias de Educação e das escolas, disseminando instrumentos e materiais que podem servir de referência na ampliação da jornada escolar.
Aprofundando seu compromisso com a equidade e o antirracismo, o CR, a Roda Educativa e Ação Educativa, com parceria estratégica da Porticus e a colaboração de 25 organizações da sociedade civil, movimentos sociais, universidades e especialistas, produziu as “Diretrizes de Educação Integral Antirracista para o Ensino Fundamental: uma contribuição da sociedade civil”. A coordenação dos trabalhos foi realizada pela pesquisadora Jaqueline Lima Santos, em parceria com Mighian Danae Ferreira Nunes, Renata Grinfeld e Silvane Silva.
Apresentadas à Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) e ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), as diretrizes sintetizam criticamente os princípios da Educação Integral e da Educação para as Relações Étnico-Raciais, evidenciando como essas concepções são interdependentes e complementares na construção de uma educação antirracista, equitativa e justa. Em 2025, esse material seguirá como uma ferramenta de incidência, buscando influenciar políticas educacionais mais inclusivas e promover práticas de gestão e pedagógicas que enfrentem o racismo estrutural nas escolas e promovam a justiça curricular.
O lançamento do “Documento de Recomendações para Monitoramento e Avaliação de Políticas de Educação Integral em Territórios de Comunidades Tradicionais” também representou um avanço significativo na agenda de promoção da equidade educacional. Focado em redes e escolas da Amazônia, o material busca fortalecer uma Educação Integral contextualizada, respeitando saberes tradicionais e valorizando a diversidade étnico-racial e sociocultural das comunidades e territórios. Esse trabalho reforça a Educação Integral como uma política de reparação histórica e fomenta práticas que rompam com a reprodução das desigualdades e contemplem as realidades e necessidades específicas de povos e comunidades tradicionais.
Além disso, o CR desempenhou um papel crucial na disseminação de conhecimento sobre a agenda da Educação Integral, promovendo a edição 2024 do Educação Integral em Debate e apoiando a realização do 3º Seminário Nacional de Educação Integral, importantes espaços de diálogo político e pedagógico voltados à construção de uma escola pública de qualidade e comprometida com o desenvolvimento integral de seus e suas estudantes.
O programa também lançou em 2024 sua primeira Comunidade no WhatsApp, que já contava com cerca de mil participantes, fortalecendo o fluxo de informações e a colaboração entre professores, professoras, gestores e gestoras escolares, e secretarias engajadas no fortalecimento da Educação Integral. O site do programa produziu ainda o especial “Escolas de Educação Integral”, alcançando um público expressivo tanto nas redes sociais quanto nas transmissões ao vivo do programa Hora do Intervalo, que reuniu dezenas de especialistas ao longo do ano.
Na Agenda 227, o programa colaborou na elaboração do documento “Diretrizes para uma Gestão Municipal comprometida com a Infância e a Adolescência”. Essa participação reforça seu compromisso com a promoção integral dos direitos de crianças e adolescentes, fundamentando-se na perspectiva de que o direito à Educação é indissociável dos demais direitos sociais.
No campo da Inovação na Educação, foi produzido, em parceria com a Ashoka, o especial “Inovar e Avaliar Aprendizagens Transformadoras”, reunindo aprendizados do programa Escolas2030. Com o objetivo de fortalecer a gestão democrática e as práticas de participação na escola, o CR também consolidou sua atuação no Centro Integrado de Educação Integral de Serra Grande, em Uruçuca-BA, formando as equipes em práticas pedagógicas de Educação Integral, além de colaborar para a construção de espaços educativos que reconheçam a diversidade social, cultural e ambiental dos territórios.
Esses resultados reforçam o compromisso de mais de dez anos do CR com a construção de políticas e práticas educacionais inclusivas, antirracistas e que valorizam as diversidades e promovem a equidade no Brasil.
"Quando cheguei aqui, com o compartilhamento que os outros municípios fizeram, com as orientações que os professores trouxeram, nós observamos que o nosso município ainda precisava dar os primeiros passos em relação à implementação dessa política. Então, ao retornarmos ao município com orientações que recebemos na formação, tomamos as providências necessárias, reunimos toda a equipe da secretaria, instituímos medidas que ainda não tínhamos no município e, a partir daí, fizemos estudos e o planejamento para darmos início a essa política que é tão importante para nossa rede."
Audineia Lima Costa, Codó (MA), durante a Formação UNDIME Maranhão: Educação Integral em Tempo Integral
"Estamos buscando mais conhecimento para a implementação de Políticas Públicas da Educação em Tempo Integral, e já percebemos um nível de consciência muito grande. Levamos para nossa rede o quanto precisamos implementar algumas diretrizes para que possa se tornar uma política real em nosso município."
Edilene, professora da rede municipal de educação de Timon (MA), durante a Formação UNDIME Maranhão: Educação Integral em Tempo Integral
"Sinto que já tivemos grandes avanços e modificações na nossa legislação e na maneira como a Política de Educação Integral vem acontecendo no município, graças a todas as reflexões das formações. Gostaria de agradecer por cada momento que a gente vem vivendo nesses encontros, todas as experiências e aprendizados. Já não sou mais o mesmo, mudei muito desde que participei do primeiro encontro. Obrigado!"
Saulo Rafael Chaves de Lima, articulador pedagógico de Itapecuru Mirim (MA), durante a formação UNDIME Maranhão: Educação Integral em Tempo Integral
Site
Além da produção de 166 matérias e reportagens, que alcançaram 2.058.618 de páginas vistas, em 2024, o Centro de Referências em Educação Integral (CR) lançou dois especiais:
Escolas de Educação Integral: conheça escolas públicas que mostram que a Educação Integral é possível – o material traz uma série de reportagens sobre escolas, profissionais da Educação, estudantes e comunidades que vivem em diferentes contextos e territórios, mas que têm como fio condutor da sua ação os princípios da Educação Integral. Além disso, inclui também um raio X com informações práticas sobre como cada escola trabalha com a construção do currículo, formação de professoras e professores, infraestrutura, financiamento e equidade no contexto da Educação Integral. Entre as instituições citadas, estão a Escola Municipal Professor Waldir Garcia, em Manaus (AM); a EMEF Espaço de Bitita, em São Paulo (SP); e a Escola Estadual Alceu Amoroso Lima, em Natal (RN).
Inovar e Avaliar Aprendizagens Transformadoras: por um novo repertório sobre avaliação de aprendizagens transformadoras no Brasil – se baseia no repertório de avaliação de aprendizagens transformadoras do programa Escolas2030, ao focar em práticas educacionais desenvolvidas por organizações educativas de diferentes territórios do país. No Brasil, o programa é implementado por meio de uma parceria entre a Ashoka e a Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), com apoio do Imaginable Futures. A Cidade Escola Aprendiz é parceira técnica da iniciativa na implementação das estratégicas de comunicação.
Redes Sociais
Com perfis no Instagram, Facebook, YouTube e X (ex-Twitter), as redes sociais do Centro de Referências em Educação Integral (CR) destacaram-se como importantes canais de disseminação de informações e engajamento com o público, gerando um alcance de 2.536.076 e engajamento de 237.389 usuários(as).
Acompanhe as notícias no site e nas redes sociais do programa:
Site: educacaointegral.org.br
Facebook: @cr.educacaointegral
Instagram: @cr.educacaointegral
YouTube: @CR.EducacaoIntegral
X (antigo Twitter): @cr_edu_integral
Comunidade do WhatsApp
Hora do Intervalo
A série de lives mensais sobre Educação e temas contemporâneos promovida pelo Centro de Referências em Educação Integral (CR) teve continuidade em 2024. Entre os destaques de audiência, que somam 2.524 visualizações, podemos citar o encontro sobre Educação Inclusiva e Tempo Integral, realizado em julho de 2024, e a conversa a respeito de Educação Integral em Tempo Integral, que aconteceu em fevereiro do mesmo ano. Confira a seguir todas as edições da Hora do Intervalo!
Experiências de tempo integral em Salvador (BA) e Tremembé (SP)
Como implementar o tempo integral na prática? E como envolver toda a comunidade escolar e o território nesse processo? Para compartilhar experiências de secretarias municipais de Educação que ampliam o tempo de suas escolas a partir da concepção de Educação Integral, com qualidade e equidade, a Hora do Intervalo recebeu convidadas de Salvador (BA) e Tremembé (SP). O encontro teve participação de Consuelo Almeida, coordenadora de Educação Integral em Tempo Integral da Secretaria Municipal da Educação de Salvador e membro do Fórum Baiano de Educação Infantil (FBEI); e Cristiana Berthoud, consultora educacional que era secretária de Educação de Tremembé (SP) em 2019, quando o município inaugurou sua primeira escola de tempo integral, em um trabalho centrado na aproximação entre escola, famílias e territórios. Assista aqui.
Tempo integral com gestores escolares de Belo Horizonte (MG) e Araraquara (SP)
No dia 27 de fevereiro de 2024, a Hora do Intervalo recebeu dois gestores de escolas públicas municipais para discutir como foi a implementação do tempo integral, na perspectiva da Educação Integral, em suas unidades. Participaram da conversa Edmar Gomes Jr., da Escola Municipal Polo de Educação Integrada (EMPOEINT), em Belo Horizonte (MG); e Iclair Bessi, da EMEF José Roberto Pádua de Camargo, em Araraquara (SP). No bate-papo compartilharam suas experiências sobre como conduziram a ampliação da jornada com a implementação do programa Escola em Tempo Integral no Brasil, abordando seus desafios e potencialidades. Assista aqui.
Participação do MEC no lançamento do Material de Apoio à Formulação e Implementação de Políticas Municipais de Educação Integral em Tempo Integral
No dia 17 de abril, a Hora do Intervalo reuniu Raquel Franzim, coordenadora-geral de Educação Integral e Tempo Integral no Ministério da Educação (MEC); Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social; e Fernando Mendes, gestor do Centro de Referências em Educação Integral (CR), para uma conversa sobre Educação Integral em Tempo Integral e também a respeito do “Material de Apoio à Formulação e Implementação de Políticas Municipais de Educação Integral em Tempo Integral”. Em formato de e-book, disponibilizado gratuitamente para download, esse material foi produzido pelo CR, em diálogo com o MEC e a União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime), e apoio do Itaú Social. A live foi realizada no canal do YouTube do CR. Assista aqui.
Tempo integral em Presidente Prudente (SP) e municípios de Santa Catarina
A Prefeitura de Presidente Prudente (SP), por meio da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), inaugurou em fevereiro de 2024 as duas primeiras escolas de Educação Integral em tempo integral do município. Já na região Sul do país, os 20 municípios que participam da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC) se reúnem, desde 2023, para orientar e apoiar a elaboração da Política Municipal de Tempo Integral nos municípios da AMOSC, além da implementação do Programa Escola em Tempo Integral do governo federal nos municípios da região que aderiram à pactuação.
Para compartilhar a experiência de implementação do tempo integral nesses municípios, à luz da concepção de Educação Integral, a Hora do Intervalo recebeu no dia 26 de abril duas especialistas que participam desse processo: Locenir Tereza de Moura Selivan, assessora em Educação na AMOSC; e Sônia Pelegrini, ex-secretária de Educação (2017 – 2020) de Presidente Prudente. Assista aqui.
Tempo integral, currículo e avaliação da política
Qual a relação entre tempo integral, currículo, território e participação de todas as pessoas na escola? Para conversar sobre esses temas, a Hora do Intervalo de maio de 2024 recebeu o pedagogo Diovane Resende, doutorando e mestre em Educação pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e professor da Educação Infantil e da Educação Básica na rede municipal de ensino de Uberaba (MG); e Rogério Costa, professor de História na rede pública estadual de ensino do Amapá e coordenador pedagógico da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena na Secretaria Municipal de Ensino de Mazagão (AP). Assista aqui.
Educação de Jovens e Adultos
O que torna a Educação de Jovens e Adultos (EJA) possível e significativa para estudantes? Para debater esse assunto, a Hora do Intervalo convidou Alessandro Azevêdo, professor do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que atua no campo da EJA desde 1999; e Diego Elias, homem negro, nascido e criado nas ruas do Capão Redondo e Campo Limpo, na zona sul de São Paulo (SP), e coordenador-geral do CIEJA Campo Limpo. Assista aqui.
Educação Inclusiva e Tempo Integral
O que muda na hora de oferecer uma Educação Inclusiva nas escolas de tempo integral? Uma vez ampliada a jornada escolar, como garantir que os direitos de todos e todas estudantes, inclusive daqueles(as) com alguma deficiência, sejam respeitados em sua integralidade? Nesta live, a psicóloga e professora Nathália Meneghine, com 20 anos na rede municipal de Juiz de Fora (MG) e formação em Atendimento Educacional Especializado (AEE); e Bianca Ramos, coordenadora de Desenvolvimento Institucional do MAIS/Movimento Down e gestora de projetos na Cidade Escola Aprendiz, debateram sobre as principais barreiras e apresentaram boas práticas da Educação Inclusiva em tempo integral. Assista aqui.
Eleições e a continuidade de políticas públicas municipais de Educação – Parte 1
A cada quatro anos, quando há troca de gestão da prefeitura, as secretarias municipais de Educação enfrentam um problema histórico no Brasil: a descontinuidade de políticas públicas e programas de Educação. Para discutir quais são os impactos para escolas, estudantes, professores e professoras, a Hora do Intervalo realizou o debate “Eleições e a continuidade de políticas públicas municipais de Educação”. Participaram da conversa Catarina Segatto, professora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora no Centro de Estudos da Metrópole (CEM); e Carlos Eduardo Sanches, assessor e consultor educacional e doutorando em Políticas Educacionais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Assista aqui.
Eleições e a continuidade de políticas públicas municipais de Educação – Parte 2
Na segunda parte da live sobre a continuidade de programas educacionais, Catarina Segatto, professora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora no Centro de Estudos da Metrópole (CEM); e Carlos Eduardo Sanches, assessor e consultor educacional e doutorando em Políticas Educacionais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), falaram sobre como organizar a troca de gestão. Assista aqui.
Educação Integral: o que esperar das Eleições 2024?
O que observar nos planos de governo de candidatos em relação à Educação? Como envolver crianças e adolescentes na prática da democracia? Para debater esses e outros assuntos, o Centro de Referências em Educação Integral (CR) realizou a live sobre as eleições municipais de 2024. Participaram do debate as especialistas Claudia Santos, que integra a coordenação do Observatório Nacional da Educação Integral da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do Comitê Territorial Baiano de Educação Integral Integrada; e Cleuza Repulho, consultora educacional que já foi presidente da Undime Nacional por três vezes. Assista aqui.
Visões de mundo africanas: cosmogonia ou cosmovisão do povo bantu
A live, realizada em 31 de outubro, trouxe Suely Virgínia dos Santos, consultora de Relações Étnico-Raciais e de Gênero; e Eduardo Oliveira, doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), pesquisador, assessor de movimentos sociais populares e autor de diversos livros sobre a cultura, história e filosofia brasileira, afro-brasileira e africana. No bate-papo, falou-se sobre as visões de mundo africanas, que tanto podem contribuir com a construção de saídas para os dilemas contemporâneos. O centro do debate foi a cosmogonia ou cosmovisão, como também são chamadas as formas de conceber o mundo, do povo bantu, que é formado por uma série de povos e culturas da África Central. Assista aqui.
Diretrizes para Educação Integral Antirracista
A Educação Integral combate o racismo. Mas quais são os conceitos, princípios e práticas que norteiam tal atuação? No encontro, realizado em 28 de novembro de 2024, especialistas debateram sobre o documento “Diretrizes de Educação Integral Antirracista para o Ensino Fundamental: uma contribuição da sociedade civil”, criado pela Cidade Escola Aprendiz, Ação Educativa e Roda Educativa, com parceria estratégica da Porticus. O material gratuito foi desenvolvido também em parceria com um grupo diverso de 25 organizações da sociedade civil, universidades, especialistas com experiências de Educação Integral e Educação para as Relações Étnico-Raciais e que atuam em todo o país. Compuseram a live Alessandra Tavares, formadora e coordenadora pedagógica na Roda Educativa; Ednéia Gonçalves, socióloga, educadora e coordenadora-executiva adjunta da Ação Educativa; e Jaqueline Lima Santos – que coordenou a publicação –, doutora em Antropologia Social pela Unicamp e Harvard Alumni Fellow. Assista aqui.
Novas formas de avaliar aprendizagens em curso pelo Brasil
A Hora do Intervalo de dezembro lançou a publicação “Inovar e avaliar aprendizagens transformadoras: por um novo repertório sobre avaliação de aprendizagens transformadoras no Brasil”, realizado pelo Escolas2030, uma iniciativa da Ashoka e da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) com apoio do Itaú Social, Imaginable Futures e Cidade Escola Aprendiz. A live trouxe práticas que estão em curso em escolas públicas brasileiras, como na rede municipal de Almirante Tamandaré (PR) e contou com a participação de Leila Sarmento, que se dedica há 19 anos à educação popular como cofundadora da Escola dos Sonhos, em Bananeiras (PB); Maria Emanuella de Sousa Santos e Ana Cecília Costa de Medeiros, alunas da Escola dos Sonhos; Anna Carolina Salgado Jardim, diretora-adjunta de Ensino do IFSP – Campus São Roque (SP) e coordenadora do Programa Escolas2030 na mesma instituição; e Vera Kriger, professora na Secretaria Municipal de Educação de Almirante Tamandaré (PR). Assista aqui.