Territórios Educativos e Educação Integral em Contexto de Crise: caminhos para a transformação de redes e escolas brasileiras | Soledade (RS) e Conceição da Barra (ES)

Iniciada em 2021, a pesquisa-ação “Territórios Educativos e Educação Integral em Contexto de Crise: caminhos para a transformação de redes e escolas brasileiras”, desenvolvida em parceria com a Imaginable Futures, tem como horizonte promover uma transformação sistêmica e colaborativa nas redes de ensino, nas escolas e nos territórios educativos do país. Prevista para ser concluída em 2026, a iniciativa combina produção de conhecimento, incidência territorial e formulação de diretrizes práticas a partir da escuta qualificada de educadoras, educadores, estudantes e profissionais da gestão escolar e gestão pública.

Em sua primeira etapa, a pesquisa-ação realizou um mapeamento aprofundado de experiências inovadoras nas redes públicas de ensino, que foi acompanhado por uma série de encontros e rodas de diálogo em diferentes territórios.

A partir desse processo participativo, foi construído um Mapa Sistêmico com seis alavancas para a transformação da Educação Integral no Brasil:

  • letramento racial e de gênero;
  • elaboração participativa do Projeto Político Pedagógico (PPP);
  • estímulo à colaboração entre organizações educativas;
  • instituição da escola como centro de pesquisa;
  • intersetorialidade das políticas públicas com a Educação;
  • Educação voltada para e com respeito às singularidades.

Com base nessas alavancas, foram formuladas diretrizes voltadas à mobilização e articulação de diferentes atores locais, fortalecendo o potencial de redes educativas integradas, protetoras e equitativas.

Em 2024, a pesquisa entrou em sua fase de implementação territorial, com foco nos municípios de Soledade (RS) e Conceição da Barra (ES). As ações envolveram diretamente 94 profissionais entre equipe técnica das secretarias municipais de Educação e equipes gestoras escolares e alcançaram, de forma indireta, mais de 3 mil pessoas, incluindo estudantes, docentes, estagiários, estagiárias, monitores e monitoras.

Dentre os principais avanços registrados em 2024, destacam-se:

  • A ativação de processos colaborativos para construção de Mapas Sistêmicos locais incorporados ao planejamento educacional.
  • O início da elaboração de protocolos específicos de acolhimento e proteção contra o racismo e outras formas de discriminação nas escolas.
  • A mobilização para a criação de Núcleos de Prevenção e Enfrentamento à Violência nos territórios participantes.

Até 2026, espera-se que essas experiências consolidem uma base sólida para o fortalecimento das redes locais e sirvam de referência para outras cidades que buscam promover uma Educação Integral que seja, de fato, transformadora, inclusiva e comprometida com os direitos de todas as infâncias, adolescências e juventudes.

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