Neste diagnóstico, o território é compreendido como um espaço socialmente partilhado, uma construção a partir dos percursos diários trabalho-casa, casa-escola e das relações que se estabelecem no uso dos espaços ao longo dos dias e da vida das pessoas. Essa noção de território – o território usado – remete a uma construção feita por meio da relação entre este e as pessoas que dele se utilizam. Para pensar o território no âmbito da atuação do CEDH, essa perspectiva sobre o território é ponto de partida.
Além disso, um princípio importante neste diagnóstico é o de olhar para o microterritório. Ou seja, se aproximar da dimensão da vida cotidiana das pessoas: o espaço em que cada um costuma circular para ir ao supermercado, à banca, passear na praça, fazer suas atividades relacionadas a trabalho, lazer, etc. Um território que se faz a pé, no qual se conhecem as calçadas, as pessoas, os muros, as árvores.
Dessa forma, a dimensão territorial desta pesquisa é influenciada, ao mesmo tempo, pelas divisões administrativas (áreas de ponderação, distritos, subprefeituras), mas está além destas, olhando também para a organização dos atores e equipamentos dos territórios e pela lógica de vida das pessoas.